Série Gramatical do
BDSM
A perda da coleira
Muitas vezes
os relacionamentos terminam de forma egocêntrica pela parte do escravo sem dar
conta dos fatos simplório que levou o fim. O fim de relacionamento sempre acontece quando
as pessoas interessadas perdem foco das coisas. Em muitos casos tantos Tops
como bottons ignoram situações que poderiam ser dribladas com conversas
francas. O relacionamento D/s precisa de ter conversa constante deixando claro
que é assim se alimenta a confiança. Mas a questão da perca da coleira
representa o que?
Em muitos
casos a perda da coleira está presente no descontentamento dos comportamentos presentes
no escravo. A falta de conversa sempre será um elemento crucial para o
distanciamento entre a dona e o escravo. Mas a conversa é sempre um elemento
que fomenta o concreto nos relacionamentos. Tudo está interligado, a perca da
coleira em muitos casos se depara com erros, não ter notado detalhes dos envolvidos
nos relacionamentos. O desleixo das ambas partes é uma consequência inevitável
quando o casal não consegue mais consumar o amor que unia-os. A união somente
será forte quando o casal tem certeza das coisas presentes entre eles.
O escravo que
não consegue desenvolver algumas coisas fundamentais ao longo do relacionamento
se consagra um descontentamento pela parte do ente dominador deixando em aberto
muitas coisas, situações que podem não ser resolvidas somente no chicote. Tudo
é uma questão que deve partir da necessidade da conversa, mas tem existem Tops
que conversem com seus escravos, porém há outros que não permitem o espaço do
diálogo. O relacionamento para ter mais vida é preciso que haja esse espaço,
uma intimidade entre os dois permitindo a abertura da entrega. Não é
permissível um Top passar um momento com seu escravo sem apresentar uma cena de
intimidade. É nesse momento, da intimidade, que a entrega se consagra.
E quando não
acontece a intimidade, a retirada, a perca da coleira é algo inevitável levando
muitas vezes ao descontentamento dos relacionamentos D/s. No momento do
descontentamento as pessoas criam situações, em muitos casos, desconexos com a
realidade convivente impondo discussões enfadonhas nos argumentando que em
todos os momentos se argumenta algo irreal. A coleira não deve ser vista como
um momento real nos intervalos da irrealidade. Através da irrealidade que muitos
praticantes do BDSM são compactuados, como uma verdade, leva ao fracasso do
relacionamento. Não pode haver segredos, não é recomendável viver nas nuvens
imaginando que o relacionamento D/s é um mar de rosas, é preciso que ambos
vivem com os pés no chão, sabendo que tudo há um preço considerável para manter
firme no relacionamento. Se o escravo for muito ‘voador’, pensando que o
relacionamento D/s é um mar de rosas, criando situações desnecessárias poderá
levar ao término do relacionamento provocando a retirada da coleira.
A coleira
deve ser conquistada todos os dias; a conquista é uma arte que deve estar
interligada como conseguimos encarar as coisas do dia-a-dia sem perder o foco
das questões fundamentais. E nesse fundamentalismo que se consagra toda a
problemática da entrega e o rompimento dos relacionamentos levando ao
questionamento até que ponto os dois devem estar omitindo casos, pois nem
sempre a Domme comenta sobre seu dia-a-dia, ou de alguns casos particulares.
Sem intimidade não acontece uma entrega plena, sem conversa os dois não se
acabam conhecendo na plenitude, é preciso que haja esse conhecimento para ter um
relacionamento duradouro.
Enfim, é
somente através da conversa que se consagra o melhor de nós mesmos. A entrega
de um a outro nos relacionamentos. Dona e escravo é como outro qualquer
relacionamento entre homem e mulher, no entanto tem Dommes que não conseguem
entender essa questão. Dommes de verdade, as grandes dominadoras têm essa
questão em mente.
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