segunda-feira, setembro 15, 2014

A perda da coleira

Série Gramatical do BDSM

A perda da coleira

Muitas vezes os relacionamentos terminam de forma egocêntrica pela parte do escravo sem dar conta dos fatos simplório que levou o fim.  O fim de relacionamento sempre acontece quando as pessoas interessadas perdem foco das coisas. Em muitos casos tantos Tops como bottons ignoram situações que poderiam ser dribladas com conversas francas. O relacionamento D/s precisa de ter conversa constante deixando claro que é assim se alimenta a confiança. Mas a questão da perca da coleira representa o que?
Em muitos casos a perda da coleira está presente no descontentamento dos comportamentos presentes no escravo. A falta de conversa sempre será um elemento crucial para o distanciamento entre a dona e o escravo. Mas a conversa é sempre um elemento que fomenta o concreto nos relacionamentos. Tudo está interligado, a perca da coleira em muitos casos se depara com erros, não ter notado detalhes dos envolvidos nos relacionamentos. O desleixo das ambas partes é uma consequência inevitável quando o casal não consegue mais consumar o amor que unia-os. A união somente será forte quando o casal tem certeza das coisas presentes entre eles.
O escravo que não consegue desenvolver algumas coisas fundamentais ao longo do relacionamento se consagra um descontentamento pela parte do ente dominador deixando em aberto muitas coisas, situações que podem não ser resolvidas somente no chicote. Tudo é uma questão que deve partir da necessidade da conversa, mas tem existem Tops que conversem com seus escravos, porém há outros que não permitem o espaço do diálogo. O relacionamento para ter mais vida é preciso que haja esse espaço, uma intimidade entre os dois permitindo a abertura da entrega. Não é permissível um Top passar um momento com seu escravo sem apresentar uma cena de intimidade. É nesse momento, da intimidade, que a entrega se consagra.
E quando não acontece a intimidade, a retirada, a perca da coleira é algo inevitável levando muitas vezes ao descontentamento dos relacionamentos D/s. No momento do descontentamento as pessoas criam situações, em muitos casos, desconexos com a realidade convivente impondo discussões enfadonhas nos argumentando que em todos os momentos se argumenta algo irreal. A coleira não deve ser vista como um momento real nos intervalos da irrealidade. Através da irrealidade que muitos praticantes do BDSM são compactuados, como uma verdade, leva ao fracasso do relacionamento. Não pode haver segredos, não é recomendável viver nas nuvens imaginando que o relacionamento D/s é um mar de rosas, é preciso que ambos vivem com os pés no chão, sabendo que tudo há um preço considerável para manter firme no relacionamento. Se o escravo for muito ‘voador’, pensando que o relacionamento D/s é um mar de rosas, criando situações desnecessárias poderá levar ao término do relacionamento provocando a retirada da coleira.
A coleira deve ser conquistada todos os dias; a conquista é uma arte que deve estar interligada como conseguimos encarar as coisas do dia-a-dia sem perder o foco das questões fundamentais. E nesse fundamentalismo que se consagra toda a problemática da entrega e o rompimento dos relacionamentos levando ao questionamento até que ponto os dois devem estar omitindo casos, pois nem sempre a Domme comenta sobre seu dia-a-dia, ou de alguns casos particulares. Sem intimidade não acontece uma entrega plena, sem conversa os dois não se acabam conhecendo na plenitude, é preciso que haja esse conhecimento para ter um relacionamento duradouro.
Enfim, é somente através da conversa que se consagra o melhor de nós mesmos. A entrega de um a outro nos relacionamentos. Dona e escravo é como outro qualquer relacionamento entre homem e mulher, no entanto tem Dommes que não conseguem entender essa questão. Dommes de verdade, as grandes dominadoras têm essa questão em mente.


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