Um momento de reflexão
O mês de agosto foi um dos momentos mais oportunos da minha
vida, é preciso ter conhecimento dos limites que cada um deve caminhar pela
jornada da submissão deflagrando muitas dificuldades norteada pelas questões do
contexto histórico na construção da identidade da submissão. A submissão não
nasce pronta, nós lapidamos aos poucos de acordo com as nossas escolhas. Muitas
vezes nos encaramos situações que não queremos para nós, ou até mesmo não
conseguimos entender essas situações que nós mesmos deflagramos por erros das
nossas condutas.
Muitas vezes o dominador não irá dizer que errou, ele ficará
calado, deflagrando um momento de revisão dos atos do seu escravo. Mas é
justamente uma questão de sabermos onde estamos pisando. Não estou condenando a
Minha Dona, mas sim alertando para aqueles que procuram a fuga da realidade se
entregando sem conhecimento para dominadores ‘frescos’. A frescura no BDSM se
cria com muita facilidade porque é fortalecido pela virtualidade dos mundos. No
entanto, essa virtualidade, que pode ser usado para o mal, como também para o
bem, contudo nem sempre as pessoas conseguem diferenciar essa questão. A
virtualidade em muitos casos pode ser usada como um meio para propiciar o
exibicionismo, e isso precisa de muito cuidado. Porém, os fatos sempre nos
demonstram uma abertura para os ensinamentos, e esse mês, de agosto, sempre nos
deixa um ensinamento, a qual é preciso tirar aproveito de tudo para deixar
claro a importância da submissão na vida de um escravo. E quando se fala na
submissão, é preciso entender que, ele deve sempre estar atrelado aos desejos
da sua Dona.
De acordo com os mandamentos da escravidão, de acordo com o
BDSM, o escravo nunca deve estar de mal humor, ou criar situações
desnecessárias, porém é preciso ter em foco que somos seres humanos, e como
indivíduo é preciso ter em mente que existe situações onde o escravo, como
indivíduo estar abalado por algum evento acontecido na sua particularidade. E
com isso cabe ao bom senso do Top entender, porém eu particularmente andei
cometendo alguns atos que deixaram a minha Dona muito triste e chateada comigo.
Eu errei, porém eu sempre busquei formas de ver, avaliar tudo que veio acontecer
comigo para que todo esse evento norteando as suas consequências na minha vida.
Dessa forma é preciso entender que, tudo aquilo que é realizado por nós terá
consequências graves deixando em aberto muitas feridas, ao ser cicatrizado,
sendo que muitas delas não são por atos imbecis do escravo. No contexto do BDSM
o escravo sempre será o ponto que levará culpa de todos os fatos num
relacionamento D/s, isso exclui os erros do Top? Não, mas ele precisa ser muito
humilde em reconhecer os seus erros. No BDSM, como na vida, é preciso ter seus
pesos e medidas deixando claro até que ponto os atos dos ambos são plausíveis
de erros. O BDSM é feito com as nossas escolhas, nada vem pronto, tudo é uma
construção. E cabe somente você escolher.
As reflexões sempre devem ser feitas pelo escravo para ver
onde ele está errando e acertando, e essa sendo a minha primeira, ainda não
foram conclusivas, mas acredito que nas próximas poderá estar ainda mais
concreta. Aguardem!
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