quinta-feira, setembro 04, 2014

BDSM e prostituição

BDSM e prostituição

Na sociedade atual existem muitos preceitos convencionados à um prisma pouco compreendidos por muitos argumentando a troca constante de parceiros deixando evidente uma questão a ser resolvida ou até mesmo pensada com muita atenção. O BDSM deve ser vivenciado ao máximo explorando todas as possíveis sensações. Jamais negar a sua essência. No entanto a pessoa deve estar aberta para novas sensações. Se ele não estiver pronto para isso é preciso rever muitos dos seus conceitos. Mas geralmente esses conceitos a serem mudados demanda muita disciplina. Contudo, existem muitos caminhos para essas mudanças. No BDSM não existe o certo e errado por estar indo contra todos os preceitos morais da sociedade.
É preciso ter o entendimento que no BDSM tudo é possível, só basta a pessoa querer. Tudo é uma possibilidade quando se trata do SSC. Tudo deve acontecer com o consentimento, resultado logico do diálogo. O dominador deve dialogar-se com seu escravo, não pode faltar dialogo. E quando essa questão, do diálogo, falta é preciso ter muito cuidado, pois é justamente nesse momento que o submisso corre um grande perigo para não detonar seu emocional. O emocional do escravo, como de outra qualquer pessoa deve ser intocável. Porém tem pessoas que não conseguem entender essas questões cruciais.
A submissão não pode ser interrompida, e muito menos a dominação. Os dois são exercícios mentais que demanda muita energia. O Top deve entender os sinais do esgotamento. Muitas vezes os Tops ficam se vangloriando que tem um grande número de escravos, ou detêm em seus poderes, domínios, um belo escravo, no entanto se não notar seu estado mental, psicológico, não adianta de nada se vangloriar. É preciso tomar muito cuidado. E todo nesse embolo se destaca o entendimento que, em muitos casos de má interpretação da submissão, as pessoas moralistas procuram envolver o BDSM com prostituição por causa do número crescente, de forma exorbitante, de mulheres procurando viver através da dominação dita profissional.
A Dominação, e até mesmo como a submissão, não podem ser encarados como um meio de ser o ‘ganha pão’, é um modo de vida; uma filosofia de vida. Porém é preciso entender que a questão da submissão ainda está mal interpretada por muitos. A Submissão não é sinônimo de falta de personalidade. Assumir como tal, principalmente para si mesmo, é um fato importante, é um resultado de ter muita força interior. Contudo, assumir uma coleira é uma questão importante para o escravo, mas ele precisa estar pronto psicologicamente para o tal fato. Não adianta dizer ‘eu sou escravo’ se ele não tem carga mental suficiente para isso. Mas como estar pronto se ele nunca teve uma coleira de fato?
Mas no aspecto ainda mais periclitante, os moralistas de plantão defendendo os relacionamentos ditos baunilhas, monogâmicos, argumentam ‘tudo isso é uma putaria’ e todos os envolvidos são prostitutas, putas, no entanto isso é uma inverdade. Algumas das Dominadoras profissionais são mesmo profissionais do sexo, no entanto cabe aos dominadores, submissos, simpatizantes, entre outros a defender a forma de sentir prazer. Não quero assustar os iniciantes, mas sim alertar que ser submisso, escravo, entre outros, demanda muita energia mental. E o nossa forma de relacionamento não é aceito como queremos. Na sociedade existem muitas pessoas com mentalidades diferentes, algumas mais abertas outras nem tanto, e isso terá que ser visto com muita cautela para ser ‘revelado’, é um momento inquietante, mas muito saboroso quando conseguimos encontrar parceiros apropriados. Não existe essa coisa de parceiro perfeito, ou ideal. É justamente nessa questão que mora o perigo, mas o que devemos nos preocupar é com a busca contínua do aumento dos nossos horizontes.
Todos nós temos as possibilidades de constituir algo de concreto. E todo esse concreto argumenta a necessidade de estarmos sempre abertos para novas experiências nos argumentando o quão somos fracos perante às paredes intransponíveis aos olhos nus. Não existem mecanismos de se livrar do peso das nossas decisões, tudo tem suas consequências, não há como negar, ou até mesmo nos enganar quando se trata das questões suscetíveis ao nosso Ser. Somos aquilo que desejamos ser. Não podemos negar, as nossas personalidades sempre vai estar de acordo com as escolhas realizadas por nós mesmos. Somos nós mesmos as tempestades, as calmarias. E tudo está em nossas mãos para nos levar para a felicidade ou para as tragédias.


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