BDSM e prostituição
Na sociedade
atual existem muitos preceitos convencionados à um prisma pouco compreendidos
por muitos argumentando a troca constante de parceiros deixando evidente uma
questão a ser resolvida ou até mesmo pensada com muita atenção. O BDSM deve ser
vivenciado ao máximo explorando todas as possíveis sensações. Jamais negar a
sua essência. No entanto a pessoa deve estar aberta para novas sensações. Se
ele não estiver pronto para isso é preciso rever muitos dos seus conceitos. Mas
geralmente esses conceitos a serem mudados demanda muita disciplina. Contudo,
existem muitos caminhos para essas mudanças. No BDSM não existe o certo e
errado por estar indo contra todos os preceitos morais da sociedade.
É preciso ter
o entendimento que no BDSM tudo é possível, só basta a pessoa querer. Tudo é
uma possibilidade quando se trata do SSC. Tudo deve acontecer com o
consentimento, resultado logico do diálogo. O dominador deve dialogar-se com
seu escravo, não pode faltar dialogo. E quando essa questão, do diálogo, falta
é preciso ter muito cuidado, pois é justamente nesse momento que o submisso
corre um grande perigo para não detonar seu emocional. O emocional do escravo,
como de outra qualquer pessoa deve ser intocável. Porém tem pessoas que não
conseguem entender essas questões cruciais.
A submissão
não pode ser interrompida, e muito menos a dominação. Os dois são exercícios
mentais que demanda muita energia. O Top deve entender os sinais do
esgotamento. Muitas vezes os Tops ficam se vangloriando que tem um grande
número de escravos, ou detêm em seus poderes, domínios, um belo escravo, no
entanto se não notar seu estado mental, psicológico, não adianta de nada se
vangloriar. É preciso tomar muito cuidado. E todo nesse embolo se destaca o
entendimento que, em muitos casos de má interpretação da submissão, as pessoas
moralistas procuram envolver o BDSM com prostituição por causa do número
crescente, de forma exorbitante, de mulheres procurando viver através da
dominação dita profissional.
A Dominação,
e até mesmo como a submissão, não podem ser encarados como um meio de ser o
‘ganha pão’, é um modo de vida; uma filosofia de vida. Porém é preciso entender
que a questão da submissão ainda está mal interpretada por muitos. A Submissão
não é sinônimo de falta de personalidade. Assumir como tal, principalmente para
si mesmo, é um fato importante, é um resultado de ter muita força interior.
Contudo, assumir uma coleira é uma questão importante para o escravo, mas ele
precisa estar pronto psicologicamente para o tal fato. Não adianta dizer ‘eu
sou escravo’ se ele não tem carga mental suficiente para isso. Mas como estar
pronto se ele nunca teve uma coleira de fato?
Mas no
aspecto ainda mais periclitante, os moralistas de plantão defendendo os
relacionamentos ditos baunilhas, monogâmicos, argumentam ‘tudo isso é uma
putaria’ e todos os envolvidos são prostitutas, putas, no entanto isso é uma
inverdade. Algumas das Dominadoras profissionais são mesmo profissionais do
sexo, no entanto cabe aos dominadores, submissos, simpatizantes, entre outros a
defender a forma de sentir prazer. Não quero assustar os iniciantes, mas sim
alertar que ser submisso, escravo, entre outros, demanda muita energia mental.
E o nossa forma de relacionamento não é aceito como queremos. Na sociedade
existem muitas pessoas com mentalidades diferentes, algumas mais abertas outras
nem tanto, e isso terá que ser visto com muita cautela para ser ‘revelado’, é
um momento inquietante, mas muito saboroso quando conseguimos encontrar
parceiros apropriados. Não existe essa coisa de parceiro perfeito, ou ideal. É
justamente nessa questão que mora o perigo, mas o que devemos nos preocupar é
com a busca contínua do aumento dos nossos horizontes.
Todos nós
temos as possibilidades de constituir algo de concreto. E todo esse concreto
argumenta a necessidade de estarmos sempre abertos para novas experiências nos
argumentando o quão somos fracos perante às paredes intransponíveis aos olhos
nus. Não existem mecanismos de se livrar do peso das nossas decisões, tudo tem
suas consequências, não há como negar, ou até mesmo nos enganar quando se trata
das questões suscetíveis ao nosso Ser. Somos aquilo que desejamos ser. Não
podemos negar, as nossas personalidades sempre vai estar de acordo com as
escolhas realizadas por nós mesmos. Somos nós mesmos as tempestades, as
calmarias. E tudo está em nossas mãos para nos levar para a felicidade ou para
as tragédias.
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