quarta-feira, setembro 24, 2014

O som do silêncio

O Som do silêncio

No campo devastado
Os olhares se apresentam atônitos
A busca pela chama da liberdade é sangrenta;
Os corpos estirados na lama ensanguentada
É o reflexo da batalha que marca alma do homem
Demonstrando a face mais obscura do homem.

O desejo já consumiu os corpos sem alma
Despojando a chama da vida
Levando ao encouraçado atroz
Com destino ao inferno.

A morte se torna
Impiedosa com os fracos,
Os heróis tornam-se
Personagens anônimos nas lutas desonrosas,
A escuridão da eterna noite,
Os guerreiros do inferno
Se erguem com as suas armas em punho,
Lutando contra os afortunados
Desarmonizando o frágil
Equilíbrio do anseio de viver;

Os olhos dos guerreiros desbravadores
Ofuscados pela escuridão perpetua
Desapegam os valores da vida
Na luta pela ânsia de viver;

A luta é desigual
Os braços não têm mais forças
A alma ofuscada pelos grilhões
Que aprisiona o corpo na masmorra
Do encouraçado navegando pelos mares infernais
Ao som da morte.

Ao som do silencio
Os corpos dos guerreiros mortos decompõem-se
Apodrecendo o ar que todos nós respiramos
Matando as chamas da esperança existente
Em cada homem!



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