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20/9/2014
Bom dia a todos
Na primeira semana no uso do acessório de cinto de castidade
me demonstra muitas coisas, nada é tão fácil, sempre nos demonstra muitas
possibilidades, e muita loucura para vivenciar. O uso do cinto procura impor ao
escravo, uma nova rotina a ser vivenciada através das escolhas que realizamos
em seguida. Em todas as circunstancias que se apresenta o uso desse dispositivo
deflagra na ânsia de querer algo concreto para nós mesmos. Não foi algo
simples, mas toda a complexidade está fundamentada nos anseios da Dona através
das necessidades de adestramento do escravo. Quando se fala em processo de
adestramento é importante observar a necessidade de buscar uma melhora
considerável no comportamento.
Mas além dessa questão do adestramento o uso do cinto de
castidade está referente ao controle do gozo. Como é de sabido que o nosso
corpo foi feito para extravasar energia, gozar, não pode ficar inibido na
carcaça biológica, ou do moralismo cristão. Nos primeiros momentos que usei o
cinto de castidade estava direcionado para iniciar a me controlar na ânsia de
gozar. E por algum tempo não usava o dispositivo de castidade por não conseguir
usar por um período prolongado, sendo que usava cerca de duas a três horas nos
momentos que a Dona desejava. Tem momentos que fico sem usar porque estou ainda
no processo de adestramento, sentir a pressão do cinto de castidade. E toda
essa pressão do cinto de castidade me deixa ainda mais alucinado, querendo
gozar, estar na medida de duas semanas sem o gozo, quando retiro o cinto vou à
loucura. Só encostar a minha mão já fico excitado, só de pensar na Minha Dona
sinto as energias fluir de uma forma que me deixa alucinado. Eu não sei o que é
mais excitante a humilhação do ter um ‘Não’ para o gozo, ou o ato de pedir para
gozar. O meu pênis pulsa, mas não posso ficar totalmente excitado, ereto e isso
implica num desconforto deixando-me alucinado. Em cada momento da semana,
usando o cinto de castidade aumenta drasticamente a minha ânsia pelo gozo. E
nessa ansiedade pelo gozo, muitas vezes não conseguimos pensar direito, porém a
única coisa que podemos fazer, na condição de escravo, é esperar pela permissão
para o fato.
Quando a minha Dona comentou que a minha rotina estará
mudando em breve isso me deixa um pouco apreensivo, pois tudo o que faço está
relacionado com uma rotina diagnosticando que a vida do escravo está implicada
de acordo com as premissas estipuladas pela Dona. Em todos os momentos quando
retiro o cinto sinto duas coisas, um alívio, e ao mesmo tempo excitação por ter
usado e deixado a Minha Dona muito satisfeita comigo. Em cada minuto de uso do
dispositivo de castidade é um momento de reflexão sobre tudo o que o escravo
pode fazer em sua vida. No momento que ele esteja encoleirado, em negociação, o
escravo já tem a noção como serão os momentos com a sua Dona. Quando eu vejo as
pessoas desconhecendo a temática do cinto de castidade fico aqui pensando se é
possível isso? De forma alguma, pois o BDSM envolve muitas coisas, e uma delas
é a questão da castidade. A castidade pode ser forçada ou iniciada por livre
vontade do escravo. Mas quando acontece de forma forçada, através dos anseios
da Dona, a humilhação é deliciosamente saborosa demonstrando até que ponto é possível
caminhar na submissão sem focar na obsessão. A castidade não pode ser encarada
como uma obsessão, muito pelo contrário, é uma abertura para a entrega plena do
escravo. E nessa perspectiva posso comentar que no momento do uso do cinto de
castidade, sinto cada vez mais preso à Minha Dona permitindo o entendimento da
entrega estar cada vez mais plena. Não pode-se cair na tentação de argumentar
que a entrega plena é somente com o uso do cinto de castidade. É muito pelo
contrário, é o sinal da entrega plena. Usar o cinto de castidade não é algo fácil,
tudo é uma questão de hábito, e saber dos perigos, dos benefícios. Na primeira
semana de uso, de acordo com as orientações da Minha Dona, a minha libido
aumentou consideravelmente demonstrando o anseio pela inversão, de realizar as
vontades sexuais da Minha Dona. Sendo que todas as Dominadoras, na sua condição
de ser dominante no relacionamento, possuem seus desejos, sendo que nem sempre são
abertos, ou demonstrados os desejos sexuais. Contudo, ao longo dessa semana de
uso do cinto de castidade chego à um entendimento que o escravo não pode ser presunçoso,
ele tem que ser humilde, mas essa questão não pode ser confundida algo que
possa ser identificado ao contrário. Eu sei o meu lugar, com isso eu preciso
aprender em controlar o meu corpo.
Em breve mais coisas sobre a semana usando o cinto de
castidade,
Cordialmente,
Escravo da Rainha Ana Carvalho
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